A luz apaga,
A porta bate:
Silêncio.
Fecho os olhos.
De repente, um estalo:
o vento.
Amanhã há de acabar este tormento.
Aos poucos, por detrás das pálpebras,
na escuridão, algo ganha forma.
De repente, uma sensação,
um sentimento novo me apavora:
Estou numa galeria sem tamanho,
na qual meu corpo enorme
nada é.
Luto, imóvel, desesperado, mas venço:
Abro os olhos, assustado:
Existo.
E não sou imenso.
Esta noite há de findar,
não demora.
A manhã há de acabar este tormento.
Tuan R. Fernandes - Fevereiro de 2013
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVeri gud! Esse é um dos seus melhores textos. Está dentro dos 10 mais, certeza.
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