Nada sei
sobre o brilho
das coisas.
Nem sobre o betume
que a tudo envelhece.
Meu peito ainda queima:
A música acabou:
haviam violinos,
agogôs,
e uma voz,
sem palavras.
Aperto
com força
meu peito
para estancar
a dor,
mas é inútil.
[Eu só sei
que nas trevas,
nem a lua.]
Amanhã
não haverá
quem lembre
de cada sacrifício,
nem de cada recomeço.
E quando
se dissipar
a memória do fim,
não haverá mais nada.
Tuan R. Fernandes
Abril de 2014
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